terça-feira, 19 de abril de 2011

Camada de ozônio no Ártico sofre redução recorde de 40%

Frio na estratosfera teria intensificado destruição do ozônio

A camada de ozônio sobre o Ártico sofreu uma redução sem precedentes de 40% no último inverno no hemisfério norte (verão no Brasil), alertou nesta terça-feira a Organização Meteorológica Mundial (OMM, uma agência da ONU).
A camada impede a passagem dos raios ultravioleta do sol. Esses raios têm efeitos nocivos à saúde, podendo provocar câncer e outras doenças.
Segundo a OMM, no fim de março, 40% do ozônio na estratosfera sobre o Ártico havia sido destruído. O recorde anterior era de 30%.
A organização atribuiu a diminuição da camada à presença persistente de produtos químicos industriais que reagem com o ozônio e ao frio observado na estratosfera nos últimos meses no Ártico, o que também favorece uma diminuição dos níveis atmosféricos da substância.

 Antártida e Ártico

Compostos químicos que aumentam chamado 'buraco' na camada de ozônio foram proibidos ou limitadas pelo Protocolo de Montreal das Nações Unidas, assinado em 1987, mas permanecem por tanto tempo na atmosfera que os especialistas esperam que os danos continuem por décadas.
No último inverno, enquanto o Ártico teve um clima mais quente que o normal no solo, as temperaturas entre 15 km e 20 km acima da superfície da Terra despencaram.
'O grau de perda de ozônio durante cada inverno depende das condições meteorológicas', disse Michel Jarraud, secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM).
'A perda de ozônio em 2011 mostra que precisamos continuar vigilantes e prestar muita atenção na situação do Ártico nos próximos anos.'
Os invernos mais longos e gelados no Polo Sul chegam a provocar uma diminuição de 55% da camada de ozônio, mas isso não afeta muito a saúde humana porque a Antártida é inabitada e apenas uma pequena parte do extremo sul da América do Sul ocasionalmente fica sob o buraco.
Mas no Ártico é diferente. Em março, ventos levaram a região com menos ozônio para cima da Groenlândia e da Escandinávia.
A OMM pediu à população nessas regiões que preste atenção a alertas e previsões sobre os níveis de ozônio.

 Futuro

A diminuição da camada de ozônio é frequentemente considerado um problema resolvido por tratados como os de Montreal e os que o substituíram.
Mas a concentração de substâncias nocivas ao ozônio em regiões polares diminuiu em apenas 10% com relação ao seu auge, antes da entrada em vigor do Protocolo.
'Nas próximas décadas, a história (do ozônio ártico) será determinada pelas temperaturas e não sabemos quais são os fatores que as determinam', disse o pesquisador Markus Rex do instituto alemão Alfred Wegener de pesquisa polar e marinha.
'É um grande desafio entender isso e como determinará a perda de ozônio nas próximas décadas', completa.
Projeções sugerem que o buraco na camada de ozônio na Antártida não deve se recuperar antes de 2045.



"Imagem de arquivo representando o buraco na camada de ozônio (azul) sobre a Antártida em 1999"





Contribuição: Camila Nascimento

Fonte:  http://verde.br.msn.com/artigo-bbc.aspx?cp-documentid=28262578 acesso em 19/04/2011.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Jovens se preocupam com o futuro

   Você está preocupado com o futuro do planeta? De acordo com uma pesquisa feita no ano passado junto a alunos da rede de ensino fundamental e médio, no Brasil, 51,9% dos entrevistados afirmam sua preocupação. No entanto, somente 20,2% participam de movimentos de conscientização sobre as questões ambientais. Esses percentuais já foram bem menores há alguns anos, mas o bombardeio de imformações  pelo meio de comunicação e escolas vem revertendo essa posição.
   Segundo Pedro Paulo Ortigaz, aluno de segundo grau, é preciso que os jovens façam alguma coisa para mudar o planeta. "Não são os mais velhos que sentirão na pele os piores efeitos do aquecimento global. Então, temos que ficar mesmo preocupados, porque não penso que meus filhos e meus netos, um dia, terão que padecer com todos os problemas causados pela nossa própria espécie", diz ele.
   Outra estudante catarinense de ensino médio, Clarisse Maldonado, admite que sua preocupação com os problemas ambientais tem sido crescente. Ela busca semanalmente informações na internet sobre diversos assuntos relacionado ao aquecimento global. "Fui  fazendo trabalhos de escola e aprendendo cada vez mais sobre meio ambiente. Penso em fazer vestibular para Engenharia Ambiental e, por isso mesmo, passei a pesquisar temas com extinção de espécies, projetos genéticos e uma série de outros assuntos que podem se tornar alarmantes em um futuro bem próximo", ressalta.
   Aos 17 anos, Germano Neri Assunção garante ser bastante consciente em relação aos problemas ambientais. "Lá em casa minha mãe é bastante consciente e faz a separeção de lixo, além de defender outros conceitos como economia de recursos naturais e de energia. Fui criado assim e a escola reforçou, por isso procuro sempre agir  com muita consciência, especialmente em relação ao lixo",  diz o estudante, que acredita que as mudanças no comportamento da sociedade seja possíveis, mas complicadas. "Hoje todo mundo é muito individualista e não vejo como agir coletivamente em relação aos problemas ambientais. Pode até acontecer, mas não será fácil", conclui.

Fonte: Diário Catarinense -  Colecionáveis Malwee 2010